Cansado em noite adentro
Como tantas outras que se passaram
Assim acordei
E fugi do mundo...
Perdendo o que estava guardado ao fundo
do bau das lembranças da alma
Os pensamentos e sentimentos
Perdendo o que estava guardado ao fundo
do bau das lembranças da alma
Os pensamentos e sentimentos
Fugidos
Miragem de uma noite de inverno
Rodopiando no chão batido
Abrindo portas e fechando-as
Como cocheiro
Conduzi a charrete e parti
Com a sensação de ter sido
O preludio da felicidade
Pessoas partem... Pessoas nascem...
E os sorrisos viram fotografias
Estáticas... Plásticas
Ao amanhecer de dias
Infinitos
Em meio a visão constante
Um caminho árduo a percorrer
Onde aos lados nada se via
E uma luz ao final reluzia
Branda intensificando-se
Triênio feliz
Mesmo não tendo tudo que quis
A companhia, energia, orgia
Manifestava-se em plenitude
Superando dificultades de la vida
Olhos firmes no futuro
Se o passado foi obscuro
Flores hei de haver
Amarelas, lilases, vermelhas...
Aromas hei de haver
Lírios, lavandas, rosas
No jardim procurado
No sonho encontrado
Voam almas...
Passeiam transeuntes
Indiferentes
Com olhares inconscientes
Aos amores alheios
Tentam até
mirar o horizonte
mirar o horizonte
E encontrar alguma pista
Que os conduza ao suspenso jardim
Porem, o silencio...
E os olhares de todos os lados
perseguindo-me
E de súbito
Eis-me prostrado
Degustando
O manjar da Deusa Afrodite
preparado no Alquidar
e logo após ao chegar ao jardim
e logo após ao chegar ao jardim
Em profundo sono cai
cansado de tentativas
em noite adentro...
em noite adentro...
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